A endometriose aparece na ressonância magnética como lesões (implantes) que se manifestam de diferentes formas, como nódulos infiltrativos, cistos (endometriomas) e aderências, afetando principalmente o septo retovaginal, ligamentos uterossacros, reto e bexiga. Na imagem, as lesões podem apresentar características como espessamento do tecido, áreas com diferentes intensidades de sinal (hipo ou hiperintensidade, dependendo do tipo de implante e do protocolo da ressonância) e alteração da anatomia dos órgãos.Aparência das lesões na ressonânciaEndometriose profunda: Lesões infiltrativas que penetram mais de 5 mm nos tecidos musculares dos órgãos.
Nódulos infiltrativos: Aparecem como áreas de espessamento de tecidos, principalmente no septo retovaginal, bexiga e reto.
Aderências: Podem ser visualizadas como a “colagem” de órgãos, com a obliteração do espaço entre eles e a falta de um plano de clivagem definido, como no fundo de saco posterior.
Endometriomas: Cistos que podem aparecer em locais como os ovários, com aparência variável de acordo com a ressonância.
Características específicas das imagens:
Em T1 com supressão de gordura: Podem surgir implantes hemorrágicos com sinal hiperintenso (brilhante).
Em T2: As lesões podem apresentar sinal hipointenso (mais escuro), especialmente no acometimento da parede retal.Benefícios da ressonância magnéticaVisualização detalhada: É excelente para visualizar a endometriose profunda, que pode não ser detectada por outros métodos de imagem.
Mapeamento preciso: Ajuda a localizar os focos da doença com alta acurácia, o que é fundamental para o planejamento de cirurgias.
Caracterização tecidual: Permite diferenciar lesões superficiais de profundas e avaliar a extensão da doença.
Localização fora da pelve: Pode identificar lesões em outros locais, como diafragma, cicatrizes de cesáreas, peritônio e região umbilical.
O que aparece na ressonância quando tem endometriose?
Na ressonância magnética de endometriose, podem aparecer nódulos, cistos (endometriomas), espessamento de tecidos e aderências em órgãos pélvicos como o útero, ovários, bexiga, septo retovaginal e intestinos. A ressonância magnética é crucial para identificar o grau da doença, a profundidade das lesões e a extensão em locais que outros exames podem não alcançar, como no diafragma e cicatrizes.Achados típicos na ressonânciaEndometriomas (cistos ovarianos): Massas císticas com conteúdo de sinal variável, frequentemente contendo um material escuro que se assemelha a “chocolate derretido” (sangue antigo).
Implantes endometriais:
Peritoneal: Pequenas áreas de tecido endometrial na superfície do peritônio, intestinos ou bexiga.
Profundo: Infiltrações de tecido endometrial que penetram em tecidos mais profundos do que 5mm, como o septo retovaginal e os ligamentos uterossacros.
Aderências: Tecido que se forma quando o endométrio se espalha, causando a união de órgãos. A ressonância pode mostrar órgãos deslocados, como o ovário, sem um plano de clivagem definido com tecidos vizinhos.
Endometriose visceral:
Intestino: Espessamento da parede intestinal e o comprometimento do intestino grosso (reto e sigmoide) e do intestino delgado (íleo, ceco e apêndice).
Bexiga: Espessamento localizado ou difuso da parede, com possíveis focos de hipersinal em T1.Importância da ressonância na avaliação da endometrioseLocalização precisa: Identifica a localização exata dos focos de endometriose.
Profundidade da doença: Permite diferenciar a endometriose superficial da profunda, que invade tecidos mais profundos.
Comprometimento de órgãos: Avalia como a doença afeta órgãos próximos, como bexiga, intestino e ureteres.
Planejamento cirúrgico: Fornece dados importantes para o planejamento cirúrgico, como o tamanho das lesões, a localização e o envolvimento das camadas da parede intestinal.
Quando a endometriose não aparece na ressonância?
1Outros motivos pelos quais a endometriose pode não aparecer na ressonânciaEndometriose superficial: As lesões são muito pequenas e não são detectáveis com os exames de imagem tradicionais, como a ressonância magnética.
Técnica de imagem: A qualidade da imagem e a forma como o exame foi realizado (com ou sem preparo intestinal e, dependendo do caso, o uso de antiespasmódicos) influenciam na visualização das lesões.
Experiência do radiologista: A avaliação da imagem depende da experiência e especialização do radiologista que a interpreta. É fundamental que o profissional tenha familiaridade com a doença.
Tipo de lesão: A ressonância magnética é mais eficaz na identificação da endometriose profunda (com lesões maiores), mas pode ter dificuldade em detectar lesões superficiais.O que fazer se a ressonância não detectar a endometrioseConsulte um especialista: O diagnóstico da endometriose é feito com a combinação de exames de imagem, exame clínico e avaliação dos sintomas.
Peça outros exames: O médico pode solicitar um exame de ultrassom transvaginal com preparo intestinal para uma avaliação mais detalhada, mesmo que a ressonância tenha sido normal.
Lembre-se: Um exame normal não descarta a endometriose, especialmente se os sintomas persistirem.
Como sai o laudo de endometriose?
O laudo de endometriose sai do resultado de exames de imagem como ultrassom pélvico e ressonância magnética, que mostram possíveis lesões, ou da laparoscopia, que é o “padrão-ouro” e permite a visualização direta e a biópsia do tecido. O laudo será um documento escrito por um médico especialista, analisando os achados do exame, como a presença, localização e extensão dos implantes de endométrio fora do útero.Exames de imagemUltrassom pélvico/transvaginal: Geralmente é o primeiro exame solicitado para identificar lesões, cistos e nódulos. O laudo descreverá as estruturas visualizadas e a presença de alterações suspeitas.
Ressonância magnética (RM) de pelve: Oferece imagens mais detalhadas, sendo especialmente útil para identificar endometriose profunda e sua localização em órgãos como intestinos e ureteres. O laudo detalhará as lesões, que podem aparecer como áreas com características específicas nas imagens. Muitas vezes, um preparo intestinal é necessário para melhorar a qualidade das imagens.LaparoscopiaProcedimento: É um procedimento cirúrgico minimamente invasivo. O laudo final será baseado na análise do cirurgião durante o exame, que identifica e documenta a localização de todas as lesões.
Biópsia: Frequentemente, uma biópsia é retirada durante a laparoscopia. O resultado da análise do tecido pelo patologista, que confirmará a presença do tecido endometrial fora do útero, será parte crucial para o diagnóstico definitivo.
O que são pontos brancos na ressonância magnética da pelve?
Pontos brancos na ressonância magnética da pelve podem indicar diversas estruturas ou alterações, como a presença de urina na bexiga, vasos sanguíneos (com contraste), lesões ou alterações em órgãos como miomas ou cistos. A interpretação correta depende da localização exata do ponto branco, das sequências de imagem utilizadas e do contexto clínico de cada paciente.Possíveis causas para pontos brancos na pelveFluidos: A urina dentro da bexiga aparece como uma área branca e uniforme, devido à sua composição líquida.
Vasos sanguíneos: Se um agente de contraste foi injetado durante o exame, as artérias e veias preenchidas por ele aparecerão brancas em um determinado momento da imagem.
Miomas uterinos ou cistos ovarianos: Essas são algumas das patologias que podem aparecer como áreas de diferentes tons de cinza e branco em uma ressonância magnética da pelve.
Outras lesões: Pontos brancos podem ser sinais de outras alterações que precisam de investigação, como inflamações, cicatrizes ou tumores, dependendo da sua localização e características.É importante ressaltar que a interpretação da ressonância magnética deve ser feita por um médico radiologista qualificado, que irá analisar os achados no contexto do quadro clínico do paciente e de outros exames.
