A cirurgia de apendicite, chamada apendicectomia, pode ser feita de duas formas principais: a laparoscópica , que utiliza pequenas incisões e uma câmera, e a aberta , que envolve uma incisão maior no abdômen . A técnica laparoscópica é geralmente preferida por permitir uma recuperação mais rápida e menos dor, enquanto a cirurgia aberta pode ser indicada em casos mais complexos, como quando o apêndice se rompeu.
Cirurgia laparoscópica
O que é: É um procedimento minimamente invasivo. Como é feita: O cirurgião faz pequenas incisões (geralmente de 1 a 1,5 cm) no abdômen. Equipamento: Através de uma das incisões, é inserido um tubo com uma câmera (laparoscópio) para que o cirurgião possa ver o apêndice em um monitor. Remoção: Outros instrumentos cirúrgicos são inseridos pelas outras incisões para remover o apêndice. Vantagens: Cicatrizes menores e recuperação mais rápida.
Cirurgia aberta (convencional)
O que é: O método tradicional de remoção do apêndice. Como é feita: É feita uma única incisão maior (cerca de 3 a 5 cm) na lateral direita do abdômen. Remoção: O cirurgião remove o apêndice manualmente através dessa incisão. Vantagens: Pode ser a melhor opção em casos de apêndice rompido ou infecção abdominal disseminada (peritonite), pois permite uma limpeza mais completa da cavidade e é tecnicamente mais simples para casos complicados.
Considerações
Ambas as técnicas são realizadas sob anestesia geral. A escolha entre as técnicas depende do caso específico, como o grau de inflamação do apêndice e a presença de complicações.
Qual o tempo de repouso para cirurgia de apendicite?
O tempo de repouso para apendicite depende da técnica cirúrgica: para a laparoscopia, o repouso relativo é de cerca de uma semana, com retorno às atividades diárias normais em 1-2 semanas, enquanto a cirurgia aberta exige um repouso mais longo, podendo ser de 3 a 4 semanas para atividades normais. Esportes intensos geralmente requerem mais tempo, podendo ser de 2 a 6 semanas .
Recuperação pós-cirurgia
Cirurgia laparoscópica: Atividades leves e de escritório: 1 a 2 semanas. Esportes: 2 semanas. Cirurgia aberta: Atividades normais: 2 a 4 semanas. Esportes: 4 semanas. Geral: Esforços físicos intensos: evite por pelo menos 2 semanas. Atividades como carregar peso, correr ou nadar: evite por pelo menos 60 dias. Retorno ao médico: Uma semana após a cirurgia, para avaliação e novas orientações. Os pontos geralmente são retirados entre 8 e 10 dias. Acompanhamento médico: Siga sempre as recomendações do seu médico.
Atividades leves e de escritório: 1 a 2 semanas. Esportes: 2 semanas.
Atividades normais: 2 a 4 semanas. Esportes: 4 semanas.
Esforços físicos intensos: evite por pelo menos 2 semanas. Atividades como carregar peso, correr ou nadar: evite por pelo menos 60 dias.
Uma semana após a cirurgia, para avaliação e novas orientações. Os pontos geralmente são retirados entre 8 e 10 dias.
Siga sempre as recomendações do seu médico.
Quais são os riscos de uma cirurgia de apendicite?
Os riscos da cirurgia de apendicite são geralmente baixos, mas podem incluir infeção da incisão ou abscesso, hemorragia e reação à anestesia . Outras complicações menos comuns incluem lesão a órgãos adjacentes, como intestino, bexiga ou ureter, e a formação de coágulos sanguíneos ou hérnia incisional.
Riscos comuns
Infecção: Pode ocorrer na incisão ou dentro da cavidade abdominal, como um abscesso. Geralmente é tratada com cuidado adequado e, em alguns casos, dreno. Vômitos e febre: Podem ocorrer no pós-operatório, mas geralmente são temporários e não indicam uma complicação grave. Prisão de ventre: Pode acontecer após a cirurgia e costuma resolver-se com o tempo.
Riscos menos comuns
Hemorragia: Um risco raro, mas que é monitorado de perto pelos médicos. Perfuração intestinal: Pode ocorrer, principalmente se a apendicite estiver em estágio avançado, mas é tratada durante a cirurgia. Reação à anestesia: Um risco presente em qualquer cirurgia. Coágulos sanguíneos: A formação de coágulos nas veias profundas das pernas é uma complicação possível. Hérnia incisional: Ocorre quando os tecidos da parede abdominal não cicatrizam corretamente e podem ceder, formando uma hérnia no local da incisão. Lesão a órgãos adjacentes: Existe um risco de lesão em órgãos próximos, como intestino delgado, ureter ou bexiga, especialmente em casos mais complexos.
Fatores que influenciam os riscos
Estágio da doença: Quanto mais avançado o estágio da apendicite (como o apêndice rompido), maiores os riscos de complicações. Técnica cirúrgica: Procedimentos laparoscópicos (cirurgia de buraco de fechadura) minimizam a invasividade e reduzem o risco de hérnia incisional. Drenagem abdominal: O uso de drenos está associado a um risco significativamente maior de complicações infecciosas, pois são usados em casos mais graves.
Como é feita a cirurgia de apendicite hoje?
A cirurgia de apendicite hoje é geralmente feita por laparoscopia, um método minimamente invasivo que utiliza pequenas incisões, uma câmera e instrumentos cirúrgicos para remover o apêndice . Em casos mais graves ou complexos, a cirurgia aberta, com uma incisão maior no abdômen, ainda pode ser utilizada. A escolha entre as técnicas depende da avaliação médica e da condição do paciente.
Cirurgia laparoscópica
Como é feita: O cirurgião faz de três a quatro pequenas incisões no abdômen por onde insere instrumentos cirúrgicos e uma pequena câmera com luz (laparoscópio). Vantagens: Menos invasiva, resultando em recuperação mais rápida, menos dor, menor risco de infecção e cicatrizes menores. Recuperação: A recuperação tende a ser mais rápida, permitindo que o paciente volte à rotina normal em poucos dias e com menos restrições.
Cirurgia aberta
Como é feita: O cirurgião faz uma incisão maior, geralmente entre 5 a 10 cm, na região inferior do abdômen para acessar e remover o apêndice. Quando é utilizada: Geralmente reservada para casos em que o apêndice está em um estado de inflamação avançado, quando há formação de abscessos, ou em outras situações mais complexas onde a laparoscopia não é a opção mais segura. Recuperação: A recuperação costuma ser mais longa e com mais desconforto em comparação com a cirurgia laparoscópica.
Escolha entre os procedimentos
A escolha da técnica é feita pelo cirurgião com base na avaliação do caso clínico, considerando fatores como o nível de inflamação, histórico do paciente e a possibilidade de complicações. É fundamental que o médico discuta com o paciente qual a melhor opção para o seu caso específico.
Quem faz cirurgia de apendicite usa dreno?
Não, a maioria dos cirurgiões atualmente não usa dreno de rotina em cirurgias de apendicite , mesmo em casos complicados como apendicite perfurada, abscesso ou peritonite. Os guias globais indicam que o uso de drenos não tem benefício comprovado para prevenir abscessos e pode levar a um maior tempo de hospitalização. A remoção completa das secreções e secreções durante a cirurgia e a antibioticoterapia adequada são as práticas mais recomendadas.
Mudança de paradigma: A tendência atual é evitar o uso de drenos, pois a evidência mostra que eles não melhoram o resultado a longo prazo nos pacientes com apendicite. Exceções: O uso do dreno pode ser considerado em casos específicos, mas a decisão é tomada caso a caso pelo cirurgião. Riscos: A colocação de um dreno pode aumentar o risco de infecções pós-operatórias, ressalta a Revista Brasília Médica. Alternativa: Em casos de apendicite supurada, peritonite difusa ou localizada, o tratamento pode incluir uma limpeza mecânica rigorosa da cavidade e o fechamento completo da incisão cirúrgica, combinados com antibioticoterapia.
