Um marca-passo funciona como um computador que monitora a atividade elétrica do coração e emite impulsos elétricos para garantir um ritmo cardíaco adequado . O dispositivo é composto por um gerador (bateria e circuito) e um ou mais eletrodos finos, que são conectados ao coração. Ele é acionado automaticamente para estimular a contração do músculo cardíaco somente quando a frequência natural está muito lenta ou ausente, restaurando um ritmo normal.
Componentes principais
Gerador de pulsos: Um pequeno circuito eletrônico que contém uma bateria de lítio, um software especializado e uma memória para armazenar dados sobre o ritmo cardíaco do paciente. Eletrodos (fios condutores): Fios finos e isolados que são implantados através de uma veia para alcançar o coração. Eles transmitem os impulsos elétricos do gerador para o músculo cardíaco e também podem detectar a atividade elétrica natural do coração.
Como funciona na prática
Monitoramento: O dispositivo monitora continuamente a atividade elétrica do coração. Detecção: Se o marcapasso detectar que o coração está batendo muito devagar ou que houve uma pausa, ele age. Estimulação: O gerador envia um pequeno impulso elétrico através do eletrodo para estimular o músculo cardíaco a contrair. Ajuste: Em alguns casos, sensores especiais permitem que o marcapasso ajuste a frequência cardíaca automaticamente em resposta a atividades físicas, como durante uma caminhada rápida.
Tipos
Temporários: Usados em situações agudas, como após uma cirurgia cardíaca. Permanentes: Implantados cirurgicamente para uso contínuo. Cardioversores desfibriladores implantáveis (CDI) : Dispositivos mais sofisticados que, além de monitorar e estimular, também podem emitir um choque elétrico para reverter arritmias fatais.
O que um portador de marcapasso não pode fazer?
Um portador de marcapasso geralmente pode ter uma vida normal, mas deve evitar atividades com grande impacto físico no local do implante e esforços excessivos , principalmente nos primeiros meses após o procedimento. É importante não levantar objetos pesados com o braço do mesmo lado do dispositivo, evitar esportes de contato como lutas, ou movimentos bruscos e de grande amplitude no ombro, que podem danificar os fios do marcapasso. Também deve-se tomar precauções com certas máquinas e equipamentos industriais que emitem ondas de radiofrequência, e sempre informar sobre a presença do dispositivo antes de exames como a ressonância magnética.
Atividades físicas
Evitar : Esportes de contato (lutas, boxe), golfe, tênis e atividades que envolvam levantamento de peso pesado ou movimentos de grande amplitude com o braço do lado do implante. Permitido (com orientação médica) : Caminhada, natação e atividades aeróbicas leves a moderadas, especialmente após o período inicial de recuperação. Cuidados : Limitar o levantamento de peso com o braço do mesmo lado do marcapasso.
Equipamentos e máquinas
Evitar : Máquinas industriais que usam radiofrequência, como secadores de madeira, furadeiras e lixadeiras. Cuidados : Apresentar a carteira de portador de marcapasso em aeroportos ou locais com detectores de metal.
Rotina diária
Celular : Evitar deixar o aparelho no bolso do lado do implante; usar o telefone no ouvido oposto. Colchão magnético : Evitar. Exames : Informar sempre ao profissional de saúde sobre a presença do dispositivo, especialmente antes de ressonâncias magnéticas.
Como é feita a cirurgia para colocar o marcapasso?
A cirurgia de marcapasso geralmente é um procedimento simples, realizado com anestesia local e sedação, que dura cerca de duas horas . Um pequeno corte é feito na região do tórax, abaixo da clavícula, por onde fios (eletrodos) são inseridos através de uma veia até o coração. Os eletrodos são fixados no músculo cardíaco e conectados a um gerador de pulsos, que é implantado sob a pele . Após a fixação e programação, o dispositivo é testado, a incisão é fechada e o paciente pode receber alta em até 24 horas.
Etapas da cirurgia
Anestesia e incisão : É aplicada anestesia local e sedação, e o médico faz um pequeno corte no tórax, geralmente abaixo da clavícula. Inserção dos eletrodos : Através do corte, fios finos e isolados são guiados por uma veia até o coração, com o auxílio de raio-x para posicionamento preciso. Fixação dos eletrodos : Os eletrodos são fixados no tecido cardíaco e conectados ao gerador de pulso, que é colocado sob a pele. Testes e programação : O médico testa o funcionamento do marcapasso e o programa conforme a necessidade do paciente. Fechamento : A incisão é fechada com pontos e a pele é suturada, podendo deixar uma cicatriz quase imperceptível dependendo da técnica.
Quanto tempo dura o marcapasso na pessoa?
A duração de um marcapasso é geralmente de 8 a 12 anos , podendo chegar até 15 anos, dependendo da frequência de uso e do modelo . A principal razão para a troca é o esgotamento da bateria, que não pode ser recarregada. Quando a bateria está acabando, o aparelho inteiro (gerador) precisa ser trocado por meio de uma cirurgia simples e rápida.
Duração média: A bateria do marcapasso tem uma vida útil que varia entre 6 e 12 anos, sendo comum a troca ocorrer entre 8 e 12 anos. Fatores que influenciam a durabilidade: A duração exata depende da programação do aparelho para a condição cardíaca específica do paciente e de quão frequentemente o marcapasso precisa funcionar. Troca: Quando a bateria se esgota, é preciso trocar o gerador inteiro do aparelho, não apenas a bateria. O procedimento de substituição é rápido e, em geral, a pessoa pode ter alta no mesmo dia. Monitoramento: É fundamental realizar check-ups regulares (geralmente a cada seis meses) para o médico monitorar o desgaste da bateria e a programação do aparelho.
Quando é indicado o uso do marcapasso?
O marcapasso é indicado principalmente para tratar bradicardia (ritmo cardíaco lento), bloqueios cardíacos e algumas formas de insuficiência cardíaca . Outras condições incluem doença do nó sinusal, síndrome do seio carotídeo, doenças congênitas e síncope neurocardiogênica, quando os sintomas como tontura, desmaios e fadiga são apresentados. O dispositivo ajuda a manter a frequência cardíaca e a sincronia elétrica do coração, corrigindo as irregularidades.
Principais indicações
Bradicardia sintomática: Quando o coração bate muito devagar (frequência abaixo de 40 batimentos por minuto) e o paciente sente tonturas, desmaios, fadiga ou falta de ar. Bloqueio cardíaco: Problemas na condução dos impulsos elétricos entre as câmaras do coração, como bloqueio atrioventricular e bloqueio bifascicular crônico. Doença do nó sinusal: O nó sinusal não consegue gerar ou conduzir os impulsos elétricos adequadamente. Insuficiência cardíaca grave: Para melhorar a sincronia das contrações do coração em alguns casos. Doenças cardíacas congênitas : Em alguns pacientes com problemas cardíacos desde o nascimento. Síndrome do seio carotídeo : Uma condição onde um estímulo nos seios carotídeos pode causar uma queda na frequência cardíaca. Síncope neurocardiogênica : Desmaios causados por uma resposta anormal do sistema nervoso ao coração.
