A necessidade de ser um grande artista torna difícil ser um artista. A necessidade de produzir uma grande obra de arte torna difícil produzir qualquer arte. . . O medo é o que bloqueia um artista. O medo de não ser bom o suficiente. O medo de não terminar. O medo do fracasso e do sucesso. O medo de começar.
‘Bom o suficiente’ deixou de ser bom o suficiente há muito tempo. então por que não ser ótimo?
Sermos nós mesmos é o maior medo dos humanos. Aprendemos a viver a nossa vida tentando satisfazer as exigências dos outros. Aprendemos a viver de acordo com o ponto de vista das outras pessoas por causa do medo de não sermos aceitos e de não sermos bons o suficiente para outra pessoa.
Os pais que competem arduamente com os filhos são monstruosos. O pai, por uma vitória descartável, está sacrificando a essência do sentimento de seu filho de ser bom o suficiente. Ele pode acreditar que está tornando seu filho duro, como foi feito por um pai que luta da mesma forma, mas está apenas tornando seu filho desesperado e mesquinho como ele. Os pais devem permitir que seus filhos (e filhas) obtenham suas vitórias.
O medo de não receber a recompensa torna-se o medo da rejeição. O medo de não sermos bons o suficiente… é o que nos faz tentar mudar, o que nos faz criar uma imagem.
Tenho alguns que chamo de “botões” – medos ou ansiedades que, quando ajustados, podem me deixar vulnerável. O medo do fracasso, de não ser bom o suficiente e do abandono são meus principais botões. No entanto, eles diminuíram muito ao longo dos anos, à medida que eu realmente enfrentei esses medos para superá-los.
A necessidade de ser um grande artista torna difícil ser um artista. A necessidade de produzir uma grande obra de arte torna difícil produzir qualquer arte.
Nós, humanos, nascemos egocêntricos. O céu troveja e as crianças acreditam que Deus está bravo com elas por algo que fizeram – os pais se divorciam e os filhos acreditam que a culpa é deles por não serem bons o suficiente. Crescer significa deixar de lado nosso egocentrismo pela verdade. Mesmo assim, algumas pessoas se apegam a essa mentalidade infantil. Por mais dolorosa que seja sua autoflagelação, eles preferem acreditar que suas crises são culpa deles, para que possam acreditar que têm o controle. Ao fazer isso, eles se fazem de tolos e de falsos deuses.
Determinação e persistência se fundem. Sua base vem de pessoas que ficam com fome e não se permitem ficar muito confortáveis. Entrar em uma zona de conforto é a maneira mais rápida de matar seu ímpeto e determinação, e nesse ponto você começa a aceitar tudo o que tem como sendo “bom o suficiente”. Não há auto-estima em aceitar o status quo. Há enormes recompensas emocionais e psicológicas em se esforçar para romper os limites do passado e, no processo, criar algo de valor para você e para os outros.
Tudo o que posso dizer é que vou tentar treinar da mesma forma que treinei no passado. E se acabar não sendo bom o suficiente, que assim seja.
Quando jovem, eu me odiava por não ser bom o suficiente. Todas as minhas inadequações e fracassos, não sendo gentil, generoso ou compreensivo o suficiente, me atacariam à noite. Tornou-se um hábito ser culpado e autocastigador, não gostar de mim mesmo porque eu era indigno… Eu realmente me torturei.
Sem ser bom o suficiente, comecei a descobrir como passar pelo campo minado de um roteiro, que era o que era para mim na época, e o resto é semi-história.
Ninguém nunca encantou um cliente sendo “bom o suficiente”.
Os pais podem ser muito influentes na criação daqueles pequenos rastreadores assustadores que ficam pulando na sua mente pelo resto da vida. É o medo de não ser bom o suficiente.
Você só alcança estatura sendo bom o suficiente para merecê-la, forçando até mesmo os desdenhosos e indiferentes a prestar atenção e a reconhecer que as relações humanas e as emoções humanas são de interesse inesgotável onde quer que ocorram.
Ser bom o suficiente nunca é.
Você não precisa se contentar com o status quo, com ser bom o suficiente, sobreviver, trabalhar a noite toda.