A poesia não é uma expressão da linha partidária. É aquela hora da noite, deitado na cama, pensando o que você realmente pensa, tornando público o mundo privado, é isso que o poeta faz.
A grande poesia é sempre escrita por alguém que se esforça para ir além do que pode fazer.
A poesia não é uma libertação da emoção, mas uma fuga da emoção; não é a expressão da personalidade, mas uma fuga da personalidade. Mas, claro, só quem tem personalidade e emoções sabe o que significa querer fugir dessas coisas.
O poema. . . é um pequeno mito da capacidade do homem de tornar a vida significativa. E no final, o poema não é algo que vemos – é, antes, uma luz pela qual podemos ver – e o que vemos é vida.
Direito, negócios, engenharia, são atividades nobres e necessárias para sustentar a vida. Mas poesia, beleza, romance, amor, é por isso que permanecemos vivos.
A poesia é a rebelião do homem contra ser o que é.
Mas poesia, beleza, romance, amor, é por isso que permanecemos vivos.
A poesia escrita vale a pena ser lida uma vez e depois deve ser destruída. Deixe os poetas mortos abrirem caminho para outros. Então poderemos até perceber que é a nossa veneração pelo que já foi criado, por mais belo e válido que seja, que nos petrifica.
Senhor, o que é poesia? Ora, senhor, é muito mais fácil dizer o que não é. Todos nós sabemos o que é a luz; mas não é fácil dizer o que é.
O que é poesia que não salva nações ou pessoas?
O que é poesia? A sugestão, pela imaginação, de motivos nobres para as emoções nobres.
Afinal, o que é a matemática senão a poesia da mente, e o que é a poesia senão a matemática do coração?
O que é poesia? Não pergunte. O segredo morre pela curiosidade. Como o coração bate? Desmaiei ao vê-la na tela, abrindo e fechando como uma flor… Poesia é assim, é vida comovente, terrível, vívida. Olhe para o outro lado ao escrever ou você pode desmaiar.
Há toda a poesia do mundo em um nome. É um poema que a massa dos homens ouve e lê. O que é a poesia no sentido comum, senão ouvir nomes tão tilintantes? Não quero nada melhor do que uma boa palavra. O nome de uma coisa pode facilmente ser mais do que a própria coisa para mim.
Se fizermos uma pergunta vaga, como: ‘O que é poesia?’ esperamos uma resposta vaga, como: ‘A poesia é a música das palavras’ ou ‘A poesia é a correção linguística da desordem’.
O bacilo da eficiência também atacou o futebol, e alguns se atrevem a perguntar qual é o sentido de jogar bem. Sinto-me tentado a contar a ocasião em que ousaram perguntar a Borges para que serve a poesia, ao que ele respondeu: ‘Para que serve o nascer do sol? Para que servem as carícias? Para que serve o cheiro do café?’