A ovelha Dolly foi clonada usando a técnica de transferência nuclear, onde o núcleo de uma célula somática (da glândula mamária) de uma ovelha adulta foi retirado e transferido para um óvulo de outra ovelha, do qual o núcleo original havia sido removido. Esse óvulo modificado foi então implantado no útero de uma terceira ovelha, que a carregou e deu à luz a Dolly.O processo em detalhes:Célula doadora do núcleo: Uma célula da glândula mamária de uma ovelha Finn Dorset adulta foi usada para fornecer o material genético.
Óvulo receptor: Um óvulo de uma ovelha da raça Scottish Blackface foi enucleado (o núcleo original foi removido).
Transferência nuclear: O núcleo da célula da glândula mamária foi introduzido no óvulo enucleado, que agora continha o DNA de Dolly.
Estimulação e desenvolvimento: Pulsos elétricos foram usados para estimular o óvulo a se dividir e se transformar em um embrião (blastocisto).
Gestação: O embrião foi implantado no útero de uma terceira ovelha, que serviu como “mãe de aluguel” e carregou a gestação até o nascimento de Dolly.Informações importantes sobre Dolly:Nascimento: Dolly nasceu em 5 de julho de 1996, mas só foi apresentada ao público em 1997.
Significado: Foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula adulta diferenciada.
Longevidade e saúde: Dolly viveu 6 anos, teve seis filhotes e foi sacrificada em 2003 devido a uma doença pulmonar. A questão de se a clonagem causou envelhecimento precoce foi debatida, mas hoje a maioria dos especialistas concorda que seu envelhecimento foi similar ao de ovelhas não clonadas, como informa a UFRGS e a DW.
Outras consequências: O sucesso da clonagem de Dolly abriu portas para pesquisas em outras áreas, como a clonagem terapêutica, que usa células-tronco para criar tecidos e órgãos compatíveis com o paciente.
O que deu errado na clonagem da ovelha Dolly?
Na clonagem da ovelha Dolly, a ineficiência do processo e o envelhecimento precoce de alguns clones foram as principais dificuldades, sendo que Dolly desenvolveu artrite e uma doença pulmonar que levaram à sua eutanásia. O envelhecimento precoce foi diagnosticado com base no encurtamento anormal dos seus telômeros.Problemas identificadosBaixa eficiência e alta mortalidade: O processo de clonagem era muito ineficiente, com a maioria dos fetos morrendo durante a gestação ou logo após o nascimento.
Síndrome do filhote grande: Clones frequentemente apresentavam problemas de saúde como obesidade, o que foi chamado de “síndrome do filhote grande”.
Envelhecimento precoce: A ovelha Dolly mostrou sinais de envelhecimento precoce, incluindo o encurtamento anormal dos telômeros (as pontas dos cromossomos) e artrite.
Outras anomalias: Os clones também apresentavam outras anomalias, como lesões hepáticas e tumores.Morte de DollyEm 2003, Dolly foi sacrificada para aliviar seu sofrimento devido a uma infecção pulmonar não controlável, comum em animais velhos, e artrite.
A morte de Dolly levantou dúvidas sobre a viabilidade e os riscos da clonagem.Avanços científicosApesar das dificuldades, o trabalho com Dolly foi fundamental para abrir caminhos na ciência, especialmente na área das células-tronco e na reprogramação celular.
Como foi realizada a clonagem?
A clonagem é realizada principalmente pela transferência nuclear, que envolve a remoção do núcleo de uma célula somática (de um indivíduo) e sua inserção em um óvulo enucleado (sem núcleo). O novo óvulo, agora com o material genético do doador, é então estimulado a se desenvolver como um embrião e, posteriormente, implantado em uma barriga de aluguel. A ovelha Dolly foi o primeiro mamífero clonado com sucesso por essa técnica, usando uma célula da glândula mamária de uma ovelha adulta.Etapas da clonagemColeta de material genético: O núcleo de uma célula somática (como de uma glândula mamária) é retirado do animal doador.
Preparação do óvulo: Um óvulo é coletado de uma doadora e o seu próprio núcleo é removido.
Transferência nuclear: O núcleo da célula somática do doador é transferido para o óvulo enucleado.
Desenvolvimento do embrião: Uma corrente elétrica é usada para fundir a célula, e o óvulo agora contém o material genético do doador. O óvulo começa a se dividir e se desenvolve até a fase de blástula (embrião inicial).
Implantação: O embrião resultante é implantado no útero de outra fêmea, que age como mãe de aluguel.
Qual foi o primeiro animal a ser clonado?
O primeiro animal a ser clonado a partir de uma célula somática adulta foi a ovelha Dolly, nascida em 5 de julho de 1996 e anunciada ao público em fevereiro de 1997. Ela foi criada no Reino Unido pelos biólogos Ian Wilmut e Keith Campbell.Como foi feita: A Dolly foi clonada utilizando uma célula somática (célula da glândula mamária) de uma ovelha adulta. O núcleo dessa célula foi inserido em um óvulo não fertilizado de outra ovelha, que se desenvolveu em um embrião e foi implantado no útero de uma terceira ovelha.
Marco na ciência: A clonagem da Dolly foi um marco para a ciência, pois provou que era possível clonar um mamífero a partir de uma célula adulta.
Primeiro animal “extinto” clonado: É importante notar que o primeiro animal extinto a ser clonado com sucesso foi um bucardo, um tipo de íbex, em 2003, embora o clone tenha morrido logo após o nascimento.
Quantos filhotes a ovelha Dolly teve?
A ovelha Dolly teve seis filhotes em três gestações, todos concebidos naturalmente. Sua primeira cria, uma ovelha chamada Bonnie, nasceu em 1998.Dolly teve sua primeira gestação e deu à luz a um cordeiro.
Em suas gestações subsequentes, ela teve mais cinco filhotes, totalizando seis em três partos.
Nascimentos e gestações ocorreram por meio de relação sexual, não por clonagem.
